UMA BREVE HISTÓRIA DA PERCEPÇÃO QUE
OS TROUXAS TÊM DOS ANIMAIS FANTÁSTICOS
QUE VIVEM OCULTOS
Por mais surpreendente que possa parecer a muitos bruxos, os trouxas nem sempre foram ignorantes a respeito das criaturas mágicas e monstruosas que nos esforçamos há tanto tempo para esconder. Um relance pela arte e a literatura trouxas da Idade Média revela que eles sabiam serem reais muitas das criaturas que hoje consideram imaginárias. O dragão, o grifo, o unicórnio, a fênix, o centauro - estes e muitos outros estão representados nas obras de arte daquele período, embora com uma inexatidão quase cômica.
Contudo, um exame mais atento dos bestiários trouxas daquele período comprova que a maioria dos animais mágicos ou passou inteiramente despercebida dos trouxas ou foi confundida com outra coisa qualquer. Examinem o fragmento do manuscrito, a seguir, de autoria de um tal Irmão Benedito, um monge franciscano de Worcestershire . Hoje, quando andava pelo canteiro de ervas, afastei um pé de manjericão e descobri um furão de tamanho monstruoso. Ele não correu nem se escondeu como costumam fazer esses animais, mas saltou sobre mim, fazendo-me cair de costas no chão e gritando com uma fúria pouco natural: "Dá o fora, careca!" Mordeu então o meu nariz com tanta força que fiquei sangrando por muitas horas. O frei não quis acreditar que eu encontrara um furão falante e até me perguntou se eu andara bebendo o vinho de nabos do Irmão Bonifácio. Como o meu nariz continuasse inchado e sangrando fui dispensado de assistir às vésperas.
Evidentemente, nosso amigo trouxa tinha descoberto não um furão, como ele supôs, mas um furanzão, muito provavelmente em perseguição à sua vítima preferida, os gnomos.
A compreensão insuficiente é muitas vezes mais perigosa do que a ignorância, e o temor que os trouxas têm da magia sem dúvida aumentou com o seu medo do que poderia estar escondido em seus canteiros de ervas. A perseguição dos trouxas aos bruxos nessa época estava atingindo uma intensidade até então desconhecida, e a visão de animais como dragões e hipogrifos contribuía para a histeria dos trouxas.Não é objetivo deste livro discutir o período de trevas que precedeu a retirada dos bruxos para a clandestinidade . Estamos interessados apenas no destino dos animais fabulosos que, como nós próprios, tiveram de se ocultar para que os trouxas se convencessem de que magia não existia.
A Confederação Internacional dos Bruxos discutiu a questão em sua famosa reunião de cúpula de 1692. Nada menos de sete semanas de discussões, por vezes azedas, entre bruxos de todas as nacionalidades, foram dedicadas ao espinhoso problema das criaturas mágicas. Quantas espécies poderíamos ocultar do olhar dos trouxas e quais deveriam ser? Onde e como iríamos escondê-las? O debate prosseguiu, acalorado, e embora houvesse criaturas inconscientes de que seu destino estava sendo decidido, outras contribuíram para o debate ( Delegações de centauros, Sereianos e duendes foram persuadidas a comparecer à reunião de cúpula.)
Finalmente chegaram a um acordo (A exceção dos duendes). Vinte e sete espécies, desde o tamanho de um dragão ao de um bandinho, deveriam ser escondidas dos trouxas, de modo a criar a ilusão de que jamais haviam existido, exceto na imaginação. Este número cresceu no século seguinte, à medida que os bruxos adquiriram maior confiança nos seus métodos de ocultamente Em 1750 foi inserida no Estatuto Internacional de Sigilo em Magia a Cláusula 73, hoje respeitada pelos Ministérios da Magia do mundo inteiro:
Todo governo bruxo se responsabilizará pelo ocultamento, cuidado e controle de todos os animais, seres e espíritos mágicos que vivam dentro das fronteiras do seu território. Se tais criaturas causarem mal ou chamarem atenção da comunidade trouxa, o governo bruxo da nação afetada será disciplinado pela Confederação Internacional dos Bruxos.
Contudo, um exame mais atento dos bestiários trouxas daquele período comprova que a maioria dos animais mágicos ou passou inteiramente despercebida dos trouxas ou foi confundida com outra coisa qualquer. Examinem o fragmento do manuscrito, a seguir, de autoria de um tal Irmão Benedito, um monge franciscano de Worcestershire . Hoje, quando andava pelo canteiro de ervas, afastei um pé de manjericão e descobri um furão de tamanho monstruoso. Ele não correu nem se escondeu como costumam fazer esses animais, mas saltou sobre mim, fazendo-me cair de costas no chão e gritando com uma fúria pouco natural: "Dá o fora, careca!" Mordeu então o meu nariz com tanta força que fiquei sangrando por muitas horas. O frei não quis acreditar que eu encontrara um furão falante e até me perguntou se eu andara bebendo o vinho de nabos do Irmão Bonifácio. Como o meu nariz continuasse inchado e sangrando fui dispensado de assistir às vésperas.
Evidentemente, nosso amigo trouxa tinha descoberto não um furão, como ele supôs, mas um furanzão, muito provavelmente em perseguição à sua vítima preferida, os gnomos.
A compreensão insuficiente é muitas vezes mais perigosa do que a ignorância, e o temor que os trouxas têm da magia sem dúvida aumentou com o seu medo do que poderia estar escondido em seus canteiros de ervas. A perseguição dos trouxas aos bruxos nessa época estava atingindo uma intensidade até então desconhecida, e a visão de animais como dragões e hipogrifos contribuía para a histeria dos trouxas.Não é objetivo deste livro discutir o período de trevas que precedeu a retirada dos bruxos para a clandestinidade . Estamos interessados apenas no destino dos animais fabulosos que, como nós próprios, tiveram de se ocultar para que os trouxas se convencessem de que magia não existia.
A Confederação Internacional dos Bruxos discutiu a questão em sua famosa reunião de cúpula de 1692. Nada menos de sete semanas de discussões, por vezes azedas, entre bruxos de todas as nacionalidades, foram dedicadas ao espinhoso problema das criaturas mágicas. Quantas espécies poderíamos ocultar do olhar dos trouxas e quais deveriam ser? Onde e como iríamos escondê-las? O debate prosseguiu, acalorado, e embora houvesse criaturas inconscientes de que seu destino estava sendo decidido, outras contribuíram para o debate ( Delegações de centauros, Sereianos e duendes foram persuadidas a comparecer à reunião de cúpula.)
Finalmente chegaram a um acordo (A exceção dos duendes). Vinte e sete espécies, desde o tamanho de um dragão ao de um bandinho, deveriam ser escondidas dos trouxas, de modo a criar a ilusão de que jamais haviam existido, exceto na imaginação. Este número cresceu no século seguinte, à medida que os bruxos adquiriram maior confiança nos seus métodos de ocultamente Em 1750 foi inserida no Estatuto Internacional de Sigilo em Magia a Cláusula 73, hoje respeitada pelos Ministérios da Magia do mundo inteiro:
Todo governo bruxo se responsabilizará pelo ocultamento, cuidado e controle de todos os animais, seres e espíritos mágicos que vivam dentro das fronteiras do seu território. Se tais criaturas causarem mal ou chamarem atenção da comunidade trouxa, o governo bruxo da nação afetada será disciplinado pela Confederação Internacional dos Bruxos.
Animais mágicos que iremos estudar nesse ano letivo
CAVA-CHARCO
Classificação M.M.: XXX
O dugbog (cava-charco) é um habitante dos brejos da Europa e das Américas do Norte e do Sul. Lembra um pedaço de madeira sem vida quando está parado, embora a um exame atento revele patas com nadadeiras e dentes muito afiados. Desloca-se pelos brejos, alimentando- se principalmente de pequenos mamíferos e produz graves ferimentos nos tornozelos das pessoas que andam por ali. A comida favorita do cava-charco, porém, é a mandrágora. Já houve gente que cultivou essa planta que, ao levantar uma folha de suas valiosas mandrágoras, encontrou restos sangrentos em conseqüência da visita de um cava-charco.
ELFO-DA-BAVÁRIA
Classificação MM.: XXXX
O elfo-da-bavária teve origem na Floresta Negra, na Alemanha. É maior do que um gnomo (uns noventa centímetros em média), tem queixo fino e uma gargalhada que encanta principalmente as crianças, a quem ele tenta atrair para longe de seus guardiões a fim de as comer. O controle rigoroso exercido pelo Ministério da Magia alemão reduziu drasticamente as mortes causadas pelos elfos-da-bavária nos séculos mais recentes. O último ataque de que se tem notícia foi ao bruxo Bruno Schmidt, de seis anos de idade, que resultou na morte do elfo quando o bruxinho lhe deu uma forte pancada na cabeça com o caldeirão desmontável do pai.
ERUMPENTE
Classificação MM.: XXXX
O erumpent (erumpente) é um animal africano, cinzento, de grande porte e força. A distância, esse bicho, que pesa até uma tonelada, pode ser confundido com um rinoceronte. Tem uni couro grosso que repele a maioria dos feitiços e maldições, um chifre afiado sobre o nariz e um grande rabo que lembra uma corda. Dá à luz apenas um filhote de cada vez. O erumpente não ataca a não ser provocado pela dor, mas se ele investir contra alguém os resultados são em geral catastróficos. Seu chifre pode perfurar qualquer coisa desde pele até metal e contém uma secreção fluida que faz a coisa ou pessoa injetada explodir.
O número de erumpentes não é grande porque os machos causam a explosão uns dos outros durante a temporada de acasalamento. Esses animais são tratados com grande cautela pelos bruxos africanos. Os chifres, rabos e secreção explosiva do erumpente são empregados em poções, embora classificados como Artigos Comerciáveis Classe B (Perigosos e Sujeitos a Rigoroso Controle).
FADA
Classificação M.M.: XX
A fada é um animal pequeno e decorativo mas de pouca inteligência. ( Os trouxas têm uma grande fraqueza por fadas que aparecem em uma variedade de contos escritos para suas crianças. Esses "contos de fadas" falam de seres alados com personalidades distintas e com a capacidade de conversar como humanos (embora na maioria das vezes de forma tão imaginadas pelos trouxas, habitam casinhas minúsculas em corolas de flores, cogumelos ocos e coisas semelhantes. Na maioria das vezes são desenhadas com uma varinha na mão. De todos os animais mágicos pode-se dizer que as fadas têm recebido a melhor cobertura da imprensa trouxa. ) É usada ou conjurada com freqüência pelos bruxos para servir de enfeite na decoração e, em geral, habita as matas e os alagadiços. A fada varia de dois centímetros e meio a doze centímetros e meio de altura, tem corpo, cabeça e ombros minúsculos e humanóides, mas também grandes asas como as de um inseto que podem ser transparentes ou multicoloridas conforme sua espécie. A fada é dotada de fraco poder mágico que ela usa para deter predadores tais como o agoureiro. Tem uma natureza rixenta mas, sendo excessivamente vaidosa, torna-se dócil sempre que é chamada a servir de ornamento. Apesar de sua aparência humana, a fada não fala. Usa um zumbido agudo para se comunicar com suas companheiras.
A espécie põe cinqüenta ovos de cada vez no verso das folhas. Deles nascem larvas vivamente coloridas. De seis a dez dias depois elas se transformam em casulos, dos quais saem, um mês mais tarde, adultos alados inteiramente formados.
CARANGUEJO-DE-FOGO
Classificação M.M.: XXX
Apesar do seu nome, o fire crab (caranguejo-de-fogo) é muito semelhante a uma grande tartaruga com uma carapaça cravejada de pedras preciosas. Em sua terra de origem, as ilhas Fiji, uma faixa do litoral foi transformada em reserva para protegê-lo não apenas dos trouxas, que poderiam ser tentados por sua carapaça valiosa, mas também dos bruxos inescrupulosos que usam as carapaças como caldeirões muito procurados. O caranguejo-de-fogo, no entanto, tem um mecanismo de defesa próprio: expele chamas pelo rabo quando atacado. Ele é exportado como animal de estimação mediante uma licença especial .
FIUUM
Classificação M.M.: XXX
O fwooper (fiuum) é uma ave africana com a plumagem extremamente colorida; pode ser laranja, rosa, verde-clara ou amarela. Há muitos anos o fiuum fornece penas para canetas de luxo bem como põe ovos com desenhos em cores vivas. A princípio prazeroso, o canto desta ave acaba levando quem o escuta à loucura , por isso ela é vendida com um Feitiço Silenciador que exige um reforço mensal. Seus donos precisam tirar uma licença para tê-la pois a ave deve ser cuidada com responsabilidade.
GHOUL
Classificação M.M.: XX
O ghoul (vampiro), embora feio, não é uma criatura particularmente perigosa. Parece um ogro escorregadio e dentuço e, em geral, habita os sótãos ou os celeiros de propriedade de bruxos onde come aranhas e mariposas. Ele geme e de vez em quando atira objetos pela habitação, mas é em essência um simplório que, na pior das hipóteses, rosna assustadoramente para todos com quem se depara. Existe uma Força-Tarefa para vampiros no Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas que se encarrega de removê-los das habitações que passaram às mãos de trouxas, mas nas famílias bruxas o vampiro muitas vezes é assunto de conversas ou até bicho de estimação.
BESOURO-DA-MELANCOLIA
Classificação M.M. :XXX
O glumbumble (besouro-da-melancolia, norte da Europa) é um inseto voador, cinzento, de corpo peludo; produz uma secreção que induz a melancolia e é usado como antídoto para a histeria causada pela ingestão das folhas de aliquente. Sabe-se que esse besouro pode infestar colméias com efeitos desastrosos para o mel. Ele faz ninho em lugares escuros e protegidos tais como o oco das árvores e grutas. Alimenta-se de urtigas.
ARPÉU
Classificação MM.: XXXX
O arpéu é encontrado nas regiões montanhosas da Europa. Animal de grande porte, púrpura-acínzentado e provido de corcova, o arpéu tem dois chifres muito longos e afiados, caminha sobre enormes pés de quatro dedos e tem uma natureza extremamente agressiva. Os trasgos montanheses são por vezes vistos montados em arpéus, embora estes animais pareçam não tolerar as tentativas de domá-los, pois é muito comum encontrar um trasgo coberto de cicatrizes feitas por arpéus. Seus chifres moídos são empregados em muitas poções, embora tal ingrediente seja caríssimo dada a dificuldade de obtê-lo. O couro é ainda mais grosso que o de um dragão e repele a maioria dos feitiços.
GRIFO
Classificação M.M.: XXXX
O grifo é originário da Grécia e tem as pernas dianteiras e uma grande cabeça de águia, mas o corpo e as pernas traseiras de leão. Tal como as esfinges (ver adiante), os grifos são com freqüência empregados pelos bruxos para guardar tesouros. E embora ele seja feroz, sabe-se de bruxos que têm feito amizade com esse animal. Os grifos se alimentam de carne crua.
GRINDYLOW
Classificação MM.: XX
Demônio aquático de chifres e pele verde-clara, o grindylow é encontrado em lagos da Grã-Bretanha e Irlanda. Alimenta-se de pequenos peixes e é igualmente agressivo com bruxos e trouxas, embora se saiba que os merpeople (Sereianos) são capazes de domesticá-los. O grindylow tem dedos muito longos que embora possuam grande força são facilmente quebráveis.
HIPOCAMPO
Classificação M.M.: XXX
Originário da Grécia, o hipocampo tem a cabeça e os quartos dianteiros de cavalo e o rabo e os quartos traseiros de um peixe gigantesco. Embora encontravél comumente no mar Mediterrâneo, um esplêndido espécime ruão azul foi capturado por Sereianos ao largo da Escócia em 1949 e por eles domesticado. O hipocampo põe ovos grandes e semi-transparentes, através dos quais se pode ver o filhote em formação.
Mathias Aingremont
Classificação M.M.: XXX
O dugbog (cava-charco) é um habitante dos brejos da Europa e das Américas do Norte e do Sul. Lembra um pedaço de madeira sem vida quando está parado, embora a um exame atento revele patas com nadadeiras e dentes muito afiados. Desloca-se pelos brejos, alimentando- se principalmente de pequenos mamíferos e produz graves ferimentos nos tornozelos das pessoas que andam por ali. A comida favorita do cava-charco, porém, é a mandrágora. Já houve gente que cultivou essa planta que, ao levantar uma folha de suas valiosas mandrágoras, encontrou restos sangrentos em conseqüência da visita de um cava-charco.
ELFO-DA-BAVÁRIA
Classificação MM.: XXXX
O elfo-da-bavária teve origem na Floresta Negra, na Alemanha. É maior do que um gnomo (uns noventa centímetros em média), tem queixo fino e uma gargalhada que encanta principalmente as crianças, a quem ele tenta atrair para longe de seus guardiões a fim de as comer. O controle rigoroso exercido pelo Ministério da Magia alemão reduziu drasticamente as mortes causadas pelos elfos-da-bavária nos séculos mais recentes. O último ataque de que se tem notícia foi ao bruxo Bruno Schmidt, de seis anos de idade, que resultou na morte do elfo quando o bruxinho lhe deu uma forte pancada na cabeça com o caldeirão desmontável do pai.
ERUMPENTE
Classificação MM.: XXXX
O erumpent (erumpente) é um animal africano, cinzento, de grande porte e força. A distância, esse bicho, que pesa até uma tonelada, pode ser confundido com um rinoceronte. Tem uni couro grosso que repele a maioria dos feitiços e maldições, um chifre afiado sobre o nariz e um grande rabo que lembra uma corda. Dá à luz apenas um filhote de cada vez. O erumpente não ataca a não ser provocado pela dor, mas se ele investir contra alguém os resultados são em geral catastróficos. Seu chifre pode perfurar qualquer coisa desde pele até metal e contém uma secreção fluida que faz a coisa ou pessoa injetada explodir.
O número de erumpentes não é grande porque os machos causam a explosão uns dos outros durante a temporada de acasalamento. Esses animais são tratados com grande cautela pelos bruxos africanos. Os chifres, rabos e secreção explosiva do erumpente são empregados em poções, embora classificados como Artigos Comerciáveis Classe B (Perigosos e Sujeitos a Rigoroso Controle).
FADA
Classificação M.M.: XX
A fada é um animal pequeno e decorativo mas de pouca inteligência. ( Os trouxas têm uma grande fraqueza por fadas que aparecem em uma variedade de contos escritos para suas crianças. Esses "contos de fadas" falam de seres alados com personalidades distintas e com a capacidade de conversar como humanos (embora na maioria das vezes de forma tão imaginadas pelos trouxas, habitam casinhas minúsculas em corolas de flores, cogumelos ocos e coisas semelhantes. Na maioria das vezes são desenhadas com uma varinha na mão. De todos os animais mágicos pode-se dizer que as fadas têm recebido a melhor cobertura da imprensa trouxa. ) É usada ou conjurada com freqüência pelos bruxos para servir de enfeite na decoração e, em geral, habita as matas e os alagadiços. A fada varia de dois centímetros e meio a doze centímetros e meio de altura, tem corpo, cabeça e ombros minúsculos e humanóides, mas também grandes asas como as de um inseto que podem ser transparentes ou multicoloridas conforme sua espécie. A fada é dotada de fraco poder mágico que ela usa para deter predadores tais como o agoureiro. Tem uma natureza rixenta mas, sendo excessivamente vaidosa, torna-se dócil sempre que é chamada a servir de ornamento. Apesar de sua aparência humana, a fada não fala. Usa um zumbido agudo para se comunicar com suas companheiras.
A espécie põe cinqüenta ovos de cada vez no verso das folhas. Deles nascem larvas vivamente coloridas. De seis a dez dias depois elas se transformam em casulos, dos quais saem, um mês mais tarde, adultos alados inteiramente formados.
CARANGUEJO-DE-FOGO
Classificação M.M.: XXX
Apesar do seu nome, o fire crab (caranguejo-de-fogo) é muito semelhante a uma grande tartaruga com uma carapaça cravejada de pedras preciosas. Em sua terra de origem, as ilhas Fiji, uma faixa do litoral foi transformada em reserva para protegê-lo não apenas dos trouxas, que poderiam ser tentados por sua carapaça valiosa, mas também dos bruxos inescrupulosos que usam as carapaças como caldeirões muito procurados. O caranguejo-de-fogo, no entanto, tem um mecanismo de defesa próprio: expele chamas pelo rabo quando atacado. Ele é exportado como animal de estimação mediante uma licença especial .
FIUUM
Classificação M.M.: XXX
O fwooper (fiuum) é uma ave africana com a plumagem extremamente colorida; pode ser laranja, rosa, verde-clara ou amarela. Há muitos anos o fiuum fornece penas para canetas de luxo bem como põe ovos com desenhos em cores vivas. A princípio prazeroso, o canto desta ave acaba levando quem o escuta à loucura , por isso ela é vendida com um Feitiço Silenciador que exige um reforço mensal. Seus donos precisam tirar uma licença para tê-la pois a ave deve ser cuidada com responsabilidade.
GHOUL
Classificação M.M.: XX
O ghoul (vampiro), embora feio, não é uma criatura particularmente perigosa. Parece um ogro escorregadio e dentuço e, em geral, habita os sótãos ou os celeiros de propriedade de bruxos onde come aranhas e mariposas. Ele geme e de vez em quando atira objetos pela habitação, mas é em essência um simplório que, na pior das hipóteses, rosna assustadoramente para todos com quem se depara. Existe uma Força-Tarefa para vampiros no Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas que se encarrega de removê-los das habitações que passaram às mãos de trouxas, mas nas famílias bruxas o vampiro muitas vezes é assunto de conversas ou até bicho de estimação.
BESOURO-DA-MELANCOLIA
Classificação M.M. :XXX
O glumbumble (besouro-da-melancolia, norte da Europa) é um inseto voador, cinzento, de corpo peludo; produz uma secreção que induz a melancolia e é usado como antídoto para a histeria causada pela ingestão das folhas de aliquente. Sabe-se que esse besouro pode infestar colméias com efeitos desastrosos para o mel. Ele faz ninho em lugares escuros e protegidos tais como o oco das árvores e grutas. Alimenta-se de urtigas.
ARPÉU
Classificação MM.: XXXX
O arpéu é encontrado nas regiões montanhosas da Europa. Animal de grande porte, púrpura-acínzentado e provido de corcova, o arpéu tem dois chifres muito longos e afiados, caminha sobre enormes pés de quatro dedos e tem uma natureza extremamente agressiva. Os trasgos montanheses são por vezes vistos montados em arpéus, embora estes animais pareçam não tolerar as tentativas de domá-los, pois é muito comum encontrar um trasgo coberto de cicatrizes feitas por arpéus. Seus chifres moídos são empregados em muitas poções, embora tal ingrediente seja caríssimo dada a dificuldade de obtê-lo. O couro é ainda mais grosso que o de um dragão e repele a maioria dos feitiços.
GRIFO
Classificação M.M.: XXXX
O grifo é originário da Grécia e tem as pernas dianteiras e uma grande cabeça de águia, mas o corpo e as pernas traseiras de leão. Tal como as esfinges (ver adiante), os grifos são com freqüência empregados pelos bruxos para guardar tesouros. E embora ele seja feroz, sabe-se de bruxos que têm feito amizade com esse animal. Os grifos se alimentam de carne crua.
GRINDYLOW
Classificação MM.: XX
Demônio aquático de chifres e pele verde-clara, o grindylow é encontrado em lagos da Grã-Bretanha e Irlanda. Alimenta-se de pequenos peixes e é igualmente agressivo com bruxos e trouxas, embora se saiba que os merpeople (Sereianos) são capazes de domesticá-los. O grindylow tem dedos muito longos que embora possuam grande força são facilmente quebráveis.
HIPOCAMPO
Classificação M.M.: XXX
Originário da Grécia, o hipocampo tem a cabeça e os quartos dianteiros de cavalo e o rabo e os quartos traseiros de um peixe gigantesco. Embora encontravél comumente no mar Mediterrâneo, um esplêndido espécime ruão azul foi capturado por Sereianos ao largo da Escócia em 1949 e por eles domesticado. O hipocampo põe ovos grandes e semi-transparentes, através dos quais se pode ver o filhote em formação.
Mathias Aingremont